Como desenvolver um mindset criativo

A criatividade não é um talento inato, mas uma habilidade que pode ser desenvolvida ao longo da vida e que tem se tornado cada vez mais importante para profissionais de qualquer área.

A capacidade de gerar ideias e de resolver os problemas de forma criativa é fortemente influenciada pelo mindset. Ou seja, pelo nosso modo de pensar e pelas nossas atitudes diante de cada situação.

Um mindset criativo apresenta pelo menos 10 características, entre elas: abertura ao novo, abraçar a ambiguidade, flexibilidade, fluência, originalidade, ludicidade, presença, visão, consciência dos gaps e incubação.

Infográfico Lifelong learning

Existem dicas e técnicas que podem ajudar a ampliar o nosso potencial criativo e a transformar o nosso mindset. Na sequência, estão algumas dicas, práticas e recomendações para desenvolver as atitudes e características que compõem um mindset criativo.

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DICAS, PRÁTICAS E RECOMENDAÇÕES PARA TER UM MINDSET CRIATIVO


  • Quando foi a última vez que você experimentou algo novo ou fez alguma coisa pela primeira vez? Experimente novas rotinas, um novo jeito de ir ao trabalho, vá a um lugar aonde você nunca foi! Isso amplia nossa visão e nossa capacidade de lidar com o novo.
  • Ao ouvir uma nova ideia, pense primeiro nos aspectos positivos: O que essa ideia tem de bom? Quais são seus benefícios? Como ela pode ser melhorada? Evite descartar imediatamente uma nova ideia, mesmo que ela pareça estranha.
  • Cuidado com as frases que matam as novas ideias: “Isso não vai funcionar”, “de jeito nenhum”, “já tentamos isso no passado”, “aqui não podemos trabalhar assim”, etc. Essas frases nem sempre expressam a verdade e podem impedir o surgimento de boas ideias.

  • Para abraçar a ambiguidade, quando necessário, é preciso ter a coragem e disponibilidade para dizer “eu não sei a resposta, mas estou disposto a buscar/tentar...”.
  • Esteja consciente sobre si mesmo e sobre a situação. Pense em como você pode evitar a incerteza e como pode ser sentir mais confortável em situações incertas e ambíguas. Imagine o melhor e o pior cenário possível e pense em como você pode agir e influenciar em cada caso.
  • Faça dos erros e fracassos oportunidades para aprender. Pergunte a si mesmo: O que funcionou? O que eu deveria ter feito diferente? O que eu pretendo fazer da próxima vez?

  • Pense a respeito do seu problema ou desafio sob a perspectiva de uma outra pessoa: uma criança, um concorrente, o cliente, um personagem de filme, um empresário famoso. O que eles fariam nesse caso?
  • Rompa o ciclo vicioso! Ao se deparar com um problema que se repete, considere fazer exatamente o oposto do que você tem feito até agora ou busque soluções não consideradas ou não testadas antes.
  • Amplie suas opções! Quando achar que já listou todas as ideias possíveis, faça um esforço extra e busque DUAS ideias a mais.
  • Use “sim E” ao invés de “sim, MAS”. Tome como base as ideias já existentes e busque aperfeiçoá-las.
  • Controle o seu julgamento e não descarte as ideias de cara, mesmo que pareçam impraticáveis. Liste as ideias recebidas para só depois avaliar e escolher uma solução.
  • Lembre-se de que o julgamento não acontece só com palavras, mas com gestos, expressões corporais, tom de voz, etc. Uma cara de reprovação diante de uma sugestão pode inibir as pessoas de participar.
  • Não pare diante da primeira ideia boa ou considerada certa! Podem haver outras soluções (até melhores) para o problema ou desafio.

  • O bom humor, a arte, a diversão e o lazer nos ajudam a recarregar as baterias. Ache atividades que lhe deem prazer e otimismo: um esporte, uma atividade artística, uma refeição gostosa, um hobby ou algo que envolva bom humor e diversão.
  • E se nós...? E se a gente...? Ao pensar em novas ideias, use e abuse dessas palavras para chegar a novas soluções.
  • Exercite novas linguagens: construa protótipos para testar sua ideia e tente explicar os seus desafios sem usar palavras (apenas desenhos, por exemplo).
  • Resgate o olhar infantil e olhe para seu problema como se você tivesse 6 anos de idade: o que mudou nessa perspectiva e como você lidaria com o problema? Repita o exercício com outras perspectivas (um alienígena, um super-herói, um cliente, etc.).

  • Foque sua atenção e busque perceber detalhes de uma situação ou objeto. Se você fosse descrevê-los para alguém que não está presente, o que você diria? Que aspectos você não tinha percebido antes?
  • Faça escolhas: se você não pode estar 100% presente, simplifique, priorize, adie, delegue ou elimine atividades.
  • Entenda a situação e defina prioridades: Que aspectos terão mais impacto? No que eu posso influenciar?
  • Se a sua cabeça está cheia e você não consegue prestar atenção no que a outra pessoa está dizendo, seja franco e gentil e, se possível, busque um momento melhor para conversar.
  • Evite pular rapidamente para o “como”: certifique-se antes de entender o que, quem, quando e por que.
  • Entenda os seus sentimentos e como eles afetam a qualidade da sua presença. Como você se sente: animado, estressado, sobrecarregado, frustrado, ansioso?
  • Preste atenção aos sinais do seu corpo e à sua saúde, buscando atividades que lhe dão prazer e bem-estar.

  • Pense em como você quer ser visto no futuro:
    • Se daqui a 10 anos, você estivesse dando uma entrevista para um importante programa de TV, sobre o que você estaria falando? Por que as pessoas estariam interessadas em ouvir você?
    • No seu aniversário de 80 anos, que conquistas você estará celebrando? O que sua família e amigos estarão falando sobre você? Quem estará presente? No seu discurso após os parabéns, você vai falar sobre o quê?
  • Faça uma lista de planos, sonhos e desejos e comprometa-se pessoalmente a realizar pelo menos um item dessa lista de tempos em tempos (a cada semana, mês ou ano).
  • Não deixe que as limitações atuais restrinjam suas aspirações e visão de futuro. Haverá outras oportunidades para pensar nos obstáculos e dificuldades. Faça um exercício de imaginação: o que você gostaria de fazer se dinheiro não fosse um problema, se você tivesse o tempo e os recursos necessários e se tivesse 100% de garantia de sucesso?

  • Às vezes, a parte mais difícil é descobrir qual é o problema ou desafio de verdade. Dedique tempo para garantir que você está tratando a causa e não o sintoma.
  • Converta seus problemas e desafios em perguntas começando por: como eu posso...? como nós podemos...? de que forma nós...?
  • Pense no seus objetivos ou futuro desejado e responda à pergunta “o que impede você de atingir isso?”. Liste todas as respostas que você considerar relevantes.

  • Aprenda a deixar as ideias em fogo brando: não se comprometa com a primeira ideia que aparece, busque novas soluções e perspectivas e, sempre que possível, dê-se algum tempo para digerir a ideia.
  • Nem sempre é preciso responder tudo de bate-pronto. Em algumas situações, experimente dizer: “eu vou pensar um pouco e, assim que eu tiver uma ideia, nós voltamos a falar”.

 

Referências e inspirações para este artigo:

 
CREATIVITY CARDS:
http://www.creativitycards.net/.

MAMNOON, Ismet. , Nurturing a Creative Mindset. Creative Studies Graduate Student Master's Projects, paper 178. Buffalo State, 2013.
Disponível
AQUI NESTE LINK.

 

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